1. |
O Parir do Monstro
06:05
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Vagarosamente subo para o meu esconderijo
Fecho a porta firmemente
Confirmo que está trancada
Duas vezes, ouço passos
São os teus passos que ouço?
Uma sombra inunda o quarto
Um pesadelo invade o espaço
Liberta-se o azedo odor
Soa o hino à podridão humana
Derrete-se o selo que guardava
a regurgitada esperança
O Parir do Monstro!
Bruscamente desfaz-se a bela jarra
E mil pedaços entranham-se na pele
Mistura-se o barro, o fogo, o sangue
O parir do monstro dissoluto de alma
O Parir do Monstro!
Enojado na refletida imagem suspiro
És o meu criador, mas eu sou o teu mestre
O negro vulto desadormece e levanta-se
Da desfeita jarra empunha um caco
O Parir do Monstro!
E com a força de Teseu arremete violentamente
sobre o fraco pescoço e divide o crânio do hediondo cadáver.
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2. |
O Animal
02:15
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O fogo do teu olhar diz que és tu contra o mundo
O sofrimento quando explicam o que já conheces
O meu cérebro imagina o tempo até á fuga
Enrolado como uma bola prestes a explodir
Porque quando sou eu nunca consegues ver
forçosamente empurrado para um beco sem saída
Levado por entre as garras da perversão
Porque na guerra do amor a fuga é uma vitória!
O Animal!
O Animal!
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3. |
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Acorda dormente translúcido
Levanta o raquítico esqueleto
Invoca o nojo de gerações de assassinos
mentecaptos
E uma globalidade de mediocridade
Inerente a toda a sua estirpe
Reverberação desajustada da realidade
que um dia imaginou existir
Zurze o seu sorriso
Irrisória tentativa que se torne notório
nos olhos dos circundantes informes vermes
Perecido no seu ridículo uniforme de normal
sente o ar que entra e invade os pulmões
não é suficiente para poder respirar
como a sua caixa torácica deseja
Atropelado pelo ruidoso zumbido proveniente de irritantes cordas vocais que parasitam pelo seu cérebro sente tremer o chão
Divide a consciência com o etéreo espaço que infere sobre ele o que não consegue alcançar e que de alguma forma mais ou menos preconceituosa
Reajeita a face irrefletida
do espelho de uma fálica forma
sente-se preparado para voltar
ao sítio onde os seus tormentos
têm vida e poder
para voltar a ganhar
a indesejada forma divina
a indesejada forma divina
a indesejada forma divina
a indesejada forma divina
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4. |
A Besta e Eu
03:40
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A árvore da aversão
Cresceu das sementes
plantadas nos meus pés
…
Ouvi o rugir da besta
do fundo das vísceras
Desejei afoga-lo
E bebi, bebi
E a besta interna
de mágoas inúmeras
aprendeu a nadar
…
Numa tentativa de cura
Esqueci-me como sentir
As luzes estavam acesas
o mundo apagado
E a besta rugiu
De joelhos prostrado
A besta vociferou
Corre! Corre!
E a besta estava livre
por mim despejada
Tornada realidade
As estrelas na sua boca
O amor transformado ódio
Piedoso foi o estrago
Amaldiçoo o sol
refugiado na sua toca
Aguardo a visita do sono
E este não chega
No meu sombrio rosto
A besta e eu somos um
E invadido o meu ser
nos pulmões um oceano
E eu oro e fico a ver
A arte a nascer dos braços
Todos morremos um dia...
A besta e eu somos um!
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